Jesus é negro!

Jesus é negro!

Afirmação polêmica, não é mesmo? Apenas pela frase desse título você já deve talvez ter me tomado como grande ativista dos direitos humanos ou tentado de algum modo refutar minha narrativa. Já reparou que o Jesus branco é amplamente aceito enquanto o Jesus negro é geralmente confrontado? Que precisamos sempre explicar a hipótese de um Jesus não branco em detrimento da silenciosa aceitação da oposição argumentativa? Em peças infantis quantas vezes você já viu uma criança negra interpretando o papel de Jesus? 

Mas não, esse texto não tem só o objetivo de desconstruir a branquitude de Jesus mas ressaltar a importância de o vermos não como alguém de olhos azuis e lindos cabelos loiros com voz do Cid Moreira, mas como uma pessoa que se identifica conosco, que se fez fraco e entende nossas fraquezas, um Jesus humano! 

A humanidade Jesus é pela vida, sim! Da prostituta ameaçada de apedrejamento mas também do cobrador de impostos, do amor ao miserável ao rico, da criança ao idoso, do brasileiro de 2019 e também do israelita de 2000 mil anos atrás! 

A construção da branquitude de Jesus veio para separa-lo do cotidiano popular, das massas e grande maioria da população, colaborou para fortalecer o caráter messiânico do europeu sobre o colonizado e não para uma transformação de vida interior. 

O Jesus, que provavelmente não era branco nem rico, foi a própria quebra de paradigmas e que possamos então tê-lo como uma quebra de paradigmas pessoais, um Jesus que pede pra nós o seguirmos não para sermos acorrentados a ele. Um Jesus indomesticável! 

Jesus é popular, do povo, esteve próximo ao pulsar das periferias o que foi e até hoje é um afronte as benesses sociais, sejamos como Jesus e tenhamos Jesus em nós. Puro amor, puramente cotidiano como o metrô de São Paulo e tão surpreendente quanto a exótica Amazônia.

Por @felipejlewis 

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